quarta-feira, 29 de agosto de 2012


Às vezes sentia um medo a bater-me contra o peito
Depois ficava triste e dava por mim naqueles dias
Cinzentos em que esperança salta pela janela
E se parte toda lá em baixo contra o chão, desfeita
Desfeita ela, desfaço-me eu em incertezas
Entre a ténue distância entre sonhos e realidade
Entre a verdade e mil expectativas

Deixo-me tocar pela a asa partida do desalento
Aquele que me deixa a olhar para o firmamento
Pouco firme, aquele horizonte insípido
Riscado pelos aviões onde eu gostava de estar
Ir onde para onde eles vão, arrastada, puxada
Rasgar com o meu corpo, o céu do mundo
Entre a verdade e mil expectativas

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Onde é que estás?
Tenho a sensação de que há vários anos faço esta pergunta. Desde há uns anos que as pontes aumentam entre nós, de dia para dia, ano para ano. Não sei de quem é a culpa. Não sei de quem é a obrigação. Se não sabes fazer bem as coisas, porque é que eu devo saber fazê-las? Gostava que tudo fosse diferente. Nunca quis esta situação, muito menos a imaginei. Todos os dias penso nela em silêncio. Todos os dias a distância aumenta, eu paraliso e congelo mais um pouco. E cada dia é mais um dia que passa e me pergunto: Onde é que estás?