quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Retalhos de Vida

O coração está mais leve
A alma menos atormentada
Menos ferida e magoada
Mas a essência está cá toda
Ninguém ma roubou
Não dei autorização que a levassem
Os sonhos são os mesmos
A vontade de viver também

Os tormentos são outros
E já não existe a necessidade
De serem preenchidos com a
Compreensão de coisas que nunca
Tiveram de ser compreendidas
A loucura é mais sã
Já não vai na direcção da auto-destruição,
Mas na da construção de coisas
Que não se planeiam mais

Os planos são coisas que pertencem
Ao futuro de pessoas que querem
Entrar na vida uma das outras.
O passado não é uma lição, não é
Uma desilusão, é um retalho do tecido
Da vida que passou, o futuro não pertence
A ninguém e ficamo-nos com o presente

Um presente que é o agora
Um presente com o coração leve
De que não ficou nada por dizer
Um presente que não vive de retalhos
De passados perdidos e futuros fracassados
Fica um presente, que é isso mesmo,
Um presente, uma oferta, um presente maior
Um presente só meu.

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