terça-feira, 1 de novembro de 2011

A Sugadora de Energia

Era uma rapariga normal
E nada o fazia prever,
Era uma sugadora de energia
E ninguém tinha como se proteger

As pessoas sentiam-se cansadas
E ficavam meio entorpecidas
Eram totalmente sugadas
E outras dadas como desaparecidas

Tirava a energia de cada uma
Que se tentava aproximar
Transformava-as em espuma
Que se desfazia pelo ar

Sentia-se muito infeliz
Mas não conseguia evitar
Sempre que se entusiasmava
Acabava por as matar

No auge da sua eloquência
E da sua euforia
Via nas pessoas a tal sonolência
E depois... Era só espuma que se via.

Era no entanto encantadora
E boa para se conversar
Pena que fosse assustadora
E tão difícil de acompanhar

Era ver as pessoas a tentarem
Fazer parte do acontecimento,
De certa forma a lutarem
Para não serem espuma ao vento

Sem saber o que fazer
A rapariga procurou uma solução
Havia de conseguir viver
Sem aquela terrível maldição

E num dia ensolarado
Enquanto usava o seu chapéu
Foi deitada num descampado
Que a resposta lhe veio do céu

Era o fim do seu castigo
E ela já se podia entusiasmar
Ninguém corria perigo
Ela não ia continuar a matar

Dedicou-se às renováveis
Eram o que estava a dar
As pessoas já não eram vulneráveis
Porque ela só sugava energia solar!

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