sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Desconversas #7


A noite estava fria, os dois amigos caminhavam lado a lado, subindo a avenida da Liberdade, entre conversas e gargalhadas como era costume.
- Segura-me na cerveja, por favor. Este frio está a gelar-me os ossos!
- Queres o meu casaco?
- Não sejas parvo, claro que não quero o teu casaco. Talvez se acelerarmos o passo se note menos o frio.
- Está bem. - Disse ele, enquanto dava um gole na cerveja.
Um homem com um ar decente, descia a rua no sentido contrário, caminhava com o passo acelerado e com o semblante carregado. Enquanto terminava de abotoar o casaco, a rapariga ficou a observá-lo e ele foi-se aproximando cada vez mais, até estar bem perto e dizer ao rapaz:
- Se não é para casar, não se mexe! – E seguiu o seu caminho, com o mesmo semblante que já trazia.
Os dois amigos encolheram os ombros, entreolharam-se e continuaram a subir a Av. da Liberdade, mas a rir, a rir muito, de tal maneira que o frio tinha desaparecido, ou por causa do conselho que não fazia sentido, ou da patetice, ou mesmo da cerveja. Isso ninguém sabe .

2 comentários:

  1. Provavelmente o frio desapareceu porque este tempo já não é o que era! Aquecimento global xu, de certeza! :) Ou mesmo da cerveja :)
    (tu smp a escreveres coisas bem escritas e eu smp a fazer cometarios parvos, nã s'aguenta!)

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  2. :D E eu adoro! Nada como avacalhar coisas que tendem a ser sérias... "avalhacar", do verbo "eu avacalho, tu avacalhas, ele avalhaca, nós avacalhamos, vós avacalhais (este é o meu preferido), eles avacalham! - Pronto, também cá tens o meu comentário parvo. Vivam os parvalhões melhores amigos!

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